domingo, 22 de março de 2015

O ANJO


Se acredito em anjos? Na verdade, não (se, por vezes, até tenho dificuldade em acreditar no que vejo, ía lá acreditar em anjos!).
E, todavia, gosto de anjos! Assim como gosto de duendes, por exemplo. E do Pai Natal, não convém esquecer o Pai Natal.
Os anjos representam o etéreo, a simbiose da presença e da ausência, uma eterna viagem. Acho que é por isso que gosto deles.
Está bem, não é de anjos que gosto, já admiti não acreditar na sua existência. Fascina-me  é a ideia de anjo, a ideia que construí para os anjos. O mesmo, por exemplo, com os duendes e o Pai Natal.
Afinal, talvez a maior parte do que nos atrai e fascina seja aquilo a que aspiramos, enquanto idealização, e não o visível e palpável.
Eventualmente, na altura própria, transformo-me em anjo, e ponho-me a circular por aí em passinhos de veludo!
Obviamente, o corolário do referido acima é que se pode dar aos anjos a forma desejada.
Daí o anjo que segue, em nove variações fotográficas, sobre uma estatueta que fiz a partir de modelo vivo (homem, não anjo), na SNBA, e que, posteriormente, me diverti a pintar e a enfeitar, em (intencional) jeito ultra kitsch, com umas asas compradas por aí.
Está, assim, apresentado o Anjo!    












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