segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

AO CUIDADO DE...


...Governo, Empresas Prestadoras/Gestoras de Serviços de Interesse Económico Geral (SIEG), Seguradoras, Agências de Viagens, etc.

Atendendo, nomeadamente, a que
 
  • De há uns tempos a esta parte, os sucessivos recibos atinentes ao meu rendimento mensal vêm registando, com uma regularidade de fazer inveja ao mais exímio Rolex, sucessivas e preocupantes quebras;
  • Em contrapartida, os custos de subsistência básica, v.g., com os indispensáveis SIEG (água, electricidade, gás, transportes...) e outros luxos a que caí na asneira de me habituar, tipo, alimentar-me, vestir-me, ir ao médico e comprar medicamentos, quando absolutamente necessário, etc.;
  • Padeço, também, do infeliz hábito de pagar as minhas contas, incluindo as inesperadas, como, recentemente, foi o caso duma geringonça para o limpa pára- brisas, cujo custo ascendeu a vários fins de semana refastelada num belo hotel debruçado sobre o mar, ao que acresce, no imediato, a iminente subida das quotas do condomínio, agregada à ameaçadora promessa de mais uma factura extra para obras de não sei de quê, acho que de reparação do telhado, que, pelos vistos, anda a meter água (não é só ele, a gente sabe!);
  • Caí, igualmente, na asneira de contrair certos hábitos culturais (como comprar livros, bilhetes de cinema e de outros espectáculos, viajar...), desnecessários, é certo, mas que, uma vez adquiridos, custa muito largar, qual efeito cocaína (esta ou outra do género, não, nunca experimentei, tive medo);
  • Não sou banqueira e, como tal, não posso beneficiar da ajuda (forçada, é certo) dos meus concidadãos, acrescida dos dividendos (que não revertem para compensação daquela ajuda, vá-se lá saber porquê!);
  • Apesar de me chamar bluegirl, não sou girl das hostes do governo em exercício, nem, aliás, de qualquer outro, não beneficiando, consequentemente, das pertinentes benesses;
  • Infelizmente, não integro o lado certo das alegres estatísticas coveiras da crise, essa extinta, e, concretamente, talvez por defeito de realismo (por certo, apenas baseado na minha periclitante realidade), não me identifico com a  euforia dos estratosféricos índices de confiança do consumidor;
 
Venho ... ah! já nem sei ao que venho!
 
Peço desculpa pelo precioso tempo que lhes tomei e ... ah! já não sei que mais.
 
Prontos, foi só um desabafo inconsequente, prova de que estas coisas fazem mossa. Paciência.
 
 
 
 
 

 

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