sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CARTA AO PAI NATAL



 Caro Pai Natal
 
Esta carta pretende ser muito breve, pois, para além do mais, sei que deve estar super atarefado na ultimação dos preparativos da grande viagem anual, apesar do precioso auxílio dos duendes. Acresce que, como é sabido, em matéria de publicações bloguísticas, a extensão é inimiga da atenção, coisa a que, todavia, não ligo nenhuma, visto não ter leitores (ao menos que deixem rasto e salvas raríssimas excepções e declarados testemunhos verbais).
Não sendo eu uma criança, daí não o tratar por tu, a verdade é que, não obstante as muitas voltas da vida, reside em mim uma persistente criança, que se considera com direito a presentes, se não a toda a hora, ao menos no Natal. Esta a razão da carta, por insuportável insistência da dita e a ver se a consigo calar.
O que ela/nós gostaríamos de lhe pedir não é apenas uma coisa, pois ambas pensamos que, chegado a pedir, mais vale pedir logo tudo, tipo aquela coisa do "perdido por cem perdido por mil", com as devidas (óbvias) adaptações (pedido por cem, pedido por mil).
Passo, então, a elencar os pedidos, sendo a respectiva ordem arbitrária, dado o seu carácter cumulativo:
  • Um lifting
  • Uma viagem à Patagónia, agora para o início de Janeiro
  • Uma viagem ao Japão, em Maio (para visualização de sakura, ou seja, cerejeiras em flor)
  • 3 fins de semana em cidades europeias (Copenhaga, Londres e Amesterdão), em Fevereiro, Março e Abril
  • Estadia de 2 semanas num SPA espectacular, podendo ser na Provença
  • Aumento da velocidade de leitura, de maneira a conseguir ler 1 livro por minuto
  • Continuar a descobrir sítios fantásticos onde escrever, dotados de Internet à borla, para uso nas pausas daquela actividade
...
Oh! não fique com essa cara, Pai Natal, não se vê logo  que estou a brincar? Eu não quero nada disso!
Já aquilo de que lhe falei pessoalmente, isso quero, mas, obviamente, não é para aqui chamado.
Pronto, desejo-lhe bons voos e melhores aterragens.
  
Atentamente,    
A criança de mim
 
P.S. Só para dizer que, ao longo do ano, me portei muito bem, embora deva confessar que não foi por querer, nem tão pouco por crer (que portar-me bem sirva para alguma coisa).
 
2º P.S. Só mais um pedido:
 
 

 
  
 


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