sexta-feira, 19 de julho de 2013

FEBRE DA CAGARRA?


Sinto-me parva, completamente parva! Sempre a ser surpreendida!

Quando penso que o meu País já não é país, mas gigantesco manicómio, brutal e perigosamente  atingido por sucessivas vagas de esquizofrénicos comportamentos dos partidos do designado arco governativo, perante apalermada e inquietante passividade do povo, eis que a notícia me bate à porta, despertando-me para uma outra realidade, talvez visão.
 
Um tal anilhador de cagarras, que me dizem ser presidente da República, anuncia, com a beatitude dos pobres de espírito (os abençoados, a quem alguém garantiu pertencer o reino dos Céus ou de Deus, já não me lembro, mas talvez seja a mesma coisa), que está tudo tranquilo, não recebeu más notícias e pôde, finalmente, recuperar, num sono reparador, da noite mal dormida da véspera (devido ao barulho dos motores do barco, que aborrecimento).
 
E, já agora, se mais tempo for necessário para os ditos partidos alcançarem o almejado acordo de salvação nacional (de quem?, pergunto eu, embora tenha a minha própria resposta), no problem!
 
Pois claro, assim é que é, adiem, adiem, cagarrem-me, se não vou ter de decidir qualquer coisa, eu aqui, tão tranquilito, neste quase paraíso, a desempenhar a patriótica missão de afirmação de nacionalidade, não vão os espanhóis lembrar-se de rebaptizar isto de Olivença, aliás, Olivenza 2.
 
Entretanto, num país distante, quer dizer, por cá, o talvez 1º, de certeza sinistro, declara-se airosamente contra uma das vertentes (salomónicas) do acordo, eleições antecipadas, never! Enquanto o negociador inseguro se mostra muito seguro na outra vertente (salomónica) do acordo, acordo sim, pois claro. E o 3º figurante aguarda, por certo com alguma impaciência, que se lhe abram as portas da vice-1ª sinistrice.
 
Enfim, para além de parva, sinto-me completamente baralhada!
 
Será febre da cagarra?
 
 
 
 

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