sábado, 11 de fevereiro de 2012

SORTES?

POR VEZES, APESAR DUMA AGUERRIDA E PERSISTENTE CONJUGAÇÃO DE TENTATIVA E ESFORÇO ...








... OCASIONALMENTE PREMIADA COM UM OU OUTRO APONTAMENTO DE CONQUISTA ...


... NÃO CHEGA A ATINGIR-SE O GOLPE DE ASA ...






... IMPONDO-SE A DESISTÊNCIA (CABEÇA ERGUIDA, EMBORA) !



ENQUANTO ISSO, IRONICAMENTE (OU TALVEZ NÃO) ...






quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

FORA, "TOUREIRO", FORA!

A linha desenhada pela (quase) ausência de lábio superior arrepanha-lhe a expressão facial numa contorção de (aparente) cinismo, sobretudo, quando esboça e, mais, quando escancara o sorriso.  

É certo que cada um nasce e vive com a cara que tem, não sendo por isso merecedor de castigo ou prémio (bastando os inerentes, justa ou injustamente, à cara que tem ...).

Já o cinismo, que não a sua mera expressão facial, é outra coisa bem mais séria e a exigir reparo.

Vem isto a propósito de um certo sr. que, aí há uns meses atrás, na circunstância de viabilizar dado orçamento de austeridade (ainda muito distante dos que viriam a ser os seus ...) se sentiu na necessidade de encolher o sorriso, sob o disfarce das vestes de verdadeiro menino de coro, para, de forma contristada e expiatória - sabe-se lá de que pecados -, PEDIR DESCULPA AO POVO PORTUGUÊS, que, à altura, dizia considerar EXCESSIVAMENTE CASTIGADO.

Acontece que as circunstâncias mudaram, o dito senhor passou de candidato a detentor do poder, o Povo Português passou de castigado a castigadíssimo e, pior, sempre em vias de receber mais e mais castigos, como se carregasse uma monumental e crescente culpa (aspecto este que, só por si, já mereceria vasto tratado ...). 

E assim, cavalgando a onda crescente e avassaladora de medidas de austeridade que, maléfica e sistematicamente, vêm destruindo o que resta da economia deste País e, do mesmo passo, enfernizando as vidas da maioria dos cidadãos nacionais, o dito sr. não só abandonou o discurso do pedido de desculpa - o que, já de si e por questão de mera coerência, seria digno de admiração -, como ostenta o descarado atrevimento de apelidar o Povo Português, sim, o Povo Português, de PIEGAS! O que faz em jeito de valente toureiro, desafiando o martirizado touro! Não se cansando, de resto, de ameaçar com novas estocadas, CUSTE O QUE CUSTAR (portanto, incluindo a vida, a dignidade e o que mais for).

Ora, para além de tudo o mais, que é muito e muito negativo, esta atitude desafiadora do tal sr., representa um desvalor a que, usualmente, se chama, CINISMO!

CINISMO E DISTANCIAMENTO DA REALIDADE, pois nós, o tal Povo Português, à semelhança de todos os outros Povos, tendo seguramente muitos defeitos e muitas virtudes, não me parece que possamos ser apelidados de PIEGAS. Como a desgraçada verdade dos factos, aliás, bem demonstra!

Para a próxima, talvez sua excelência o sr. primeiro-ministro possa aproximar-se mais da realidade se chamar ao Povo Português um outro nome, a saber, BANANA!

Na verdade, só um Povo BANANA pode consentir que um seu governante não só o ESMAGUE, como se atreva a ENXOVALHÁ-LO, CINICA E DESAFIADORAMENTE, APODANDO-O DE PIEGAS, para mais nas circunstâncias de todos conhecidas.

Um  Povo que não fosse banana JÁ TERIA CORRIDO com um tal governante, CUSTASSE O QUE CUSTASSE!

UM POVO DISPOSTO A DEIXAR DE SER BANANA PODE LEVANTAR-SE E CORRER COM UM TAL GOVERNANTE, CUSTE O QUE CUSTAR!