terça-feira, 25 de outubro de 2011

AO MEU PAÍS!

OLHO E NÃO SEI
SE ÉS OLHO
SE PEIXE
OVO
SE OVNI
SE ÉS UMA SILHUETA
SE O TEU VOLUME SE ESVAZIOU EM SANGUE
EM COR
NA SUA FALTA
MAS QUEM PODERÁ SABER?
NA TUA COR NÃO VISLUMBRO LUZ
NEM NO TEU SANGUE, VIDA
DA TUA FORMA IGNORO O SENTIDO
A RAZÃO
APENAS ANTECIPO INTERROGAÇÃO
INTERROGAÇÃO MUDA
ASSUSTADA
IMOBILIZADORA
NEM UM BRILHO DE LUZ
À ESPREITA
ESTARÁS AFOGADO EM SANGUE DERRAMADO?
A COR DO DESESPERO
QUE O DESESPERO É DESESPERADO
QUÃO DESESPERADO!
SAI DESSA CONCHA
ENFRENTA A ONDA
REVELA-TE
REBELA-TE
DIZ-ME QUEM ÉS
DIZ-ME O QUE ÉS
SE ÉS CAPAZ!


QUE ESTÁ NA HORA, AGORA!


 

QUESTÃO DE REFLEXÃO



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INDIGNADA, E MUITO!

Se me pedissem uma definição dos tempos que correm, limitar-me-ia a dizer, difíceis e perturbadores.
Difíceis, pelas razões óbvias (só as não verá quem não quiser), de que saliento as tão drásticas e violentas quão sistemáticas e céleres medidas, que vêm sendo adoptadas por sucessivos governos, com relevo para o actual, em detrimento das classes destituídas de poder - conceito que me parece o adequado a abranger (já) não só as classes tradicionalmente mais desfavorecidas, mas também e, diria mesmo, sobretudo, a usualmente designada classe média, nas suas várias gradações – e que têm como contraponto um tão exacerbado quão descarado proteccionismo da classe dotada do poder – sim, este conceito alberga uma única classe, a detentora dos interesses do grande capital/finança, que, como está à vista de qualquer pessoa medianamente inteligente e atenta, é a que, verdadeiramente, governa o mundo, embora por interpostas pessoas, a quem o poder de governar é atribuído por processos formalmente democráticos, mas cuja legitimidade democrática se esvai, posto que, uma vez colocadas no poder fazem, exactamente, o contrário daquilo que prometeram, quer dizer, daquilo a que se comprometeram, em (dispendiosas e, vai-se a ver, falsas) campanhas eleitorais.
Portanto e em síntese, assiste-se a um monumental e vergonhoso aumento do, já por natureza, enorme fosso que separa, sem contemplações, as, por mim denominadas, classes destituídas de poder e a classe dotada do poder, o que, em minha opinião, representa um desalmado retrocesso num caminho, possível e desejável, de diminuição desse fosso, que já nem digo da sua supressão.
Criando, pois, cada vez mais vastas legiões de escravos, ao serviço de um reduzidíssimo vip clube.
Tudo isto, rompendo, violenta e impunemente, o paradigma do Estado Social, mas também o do próprio Estado de Direito, a par de um conjunto de princípios tão elementares quão necessários à Paz Social e à Saúde Colectiva (e não me refiro, neste caso, à saúde física), como sejam, o do Respeito pelo Próximo, o da Solidariedade Social, o da Justiça e o da Equidade.
Tudo isto, com recurso a estrondosas manipulações, mentiras e argumentos falaciosos, nomeadamente, a começar nas promessas eleitorais e a acabar no seu descarado incumprimento, sob alegação de factos (???) cuja demonstração objectiva e inequívoca nunca é posta ao nosso alcance, vá-se lá saber porquê (cá por mim, até faço uma ideia). Com violação, portanto, dos mais elementares princípios de Transparência, como sejam os da Verdade e da Prestação de Contas.
Daí que, a par de difíceis, considere estes tempos perturbadores!
Acrescem, evidentemente, muitos outros motivos de perturbação ou apreensão, que se prendem, essencialmente, com a aparente incongruência (mesquinhez, estupidez, plano negro?) das razões (definitivamente, não razoáveis) deste status quo e, inerentemente, com a sua evolução (a menor réstia de lucidez não permite augurar um bom desfecho).
Por agora, fico-me por aqui, pois, aqui e agora, este exercício pretendeu, apenas, testemunhar o fundamento por que participei na manifestação do passado dia 15 (a de Lisboa).
Esse fundamento tem, pois, um nome: INDIGNAÇÃO!
Essa participação tem, pois, um sentido: CUMPRIMENTO DUM DEVER CÍVICO!
Em qualquer caso, em nome da DEFESA DE DIREITOS ESSENCIAIS e, sobretudo, de PRINCÍPIOS INALIENÁVEIS! 
Quem conseguiu ler até aqui, talvez esteja interessado em ver as fotos que seguem, ilustrativas da MANIFESTAÇÃO PACÍFICA DOS INDIGNADOS.

A palavra de solidariedade que os políticos não deram!

Pois, também!

Perguntas bem!

Tentar a sorte!

Foragida, pois!

Chamar os "boys" pelos nomes ...

Devia ser, devia ...

Há alternativa: a escravatura passiva!

Criatividade em estado puro!

Assim seria, num Estado de Direito!

A cada cidadão, pensar nisto, na hora de votar!

Não é a casa do anterior Passos Coelho?

Indignação também é luto!

Em memória de ...

Manter-se-ia a fome, dada a desproporção ... (mas deveria ser motivo de séria reflexão, para os ricos)

A monumental e merecida assobiadela, à passagem deste friso, ali ao Rato!

É assim, não há causa sem consequência, ou seja, uma globalização leva à outra ...


O que é isto, Mãe?

Vá-se lá saber porquê, figurei um coelho em vez do cão, um coelho-cão, entenda-se!

Oh! Oh! às ordens de quem correu esta filmagem contínua?

A manifestação é PACÍFICA, mas nunca se sabe, devem ter pensado os mandantes dos srs. Agentes; eles lá sabem o que merecem ...

Afinal, estamos todos no mesmo barco, não?

Quem tem medo do teu rugido?

FOMOS MUITOS!

É, exactamente, do que se trata!

Outras vozes!

Sou levada a crer que a ideia final é, mesmo, essa!

Uma face única, mais tarde ou mais cedo ...

Oh! Oh! Ganda filme!

É no que dá!

ONDE PARA A JUSTIÇA?

ONDE PARA O DINHEIRO?

Um futuro de incerteza que a ternura não devia consentir!

E o BPN, pá? E as privatizações, pá? E a Madeira, pá? E a República, pá? E ...

Os escravos levantam-se!

Gregos e mal pagos ...

Postos a, vilmente, servir 1%!

Da cor dos cravos!

Eleva-se um, qual mensageiro!

O reforço policial ...

E o reforço popular ...

Um leão domado!

A chatice é que nós vamos no barco, embora não tenhamos escolhido estes comandantes!

TODOS JUNTOS

ATÉ CONSEGUIRMOS

POR UM PORTUGAL MELHOR!

Após um mais que longo Verão, invasor do Outono, as nuvens adensam-se sobre ...