quarta-feira, 29 de junho de 2011

AMORES DE VERÃO

Aproximei-me devagar, cautelosamente
Lambeste-me os pés, a medo
A medo, eu, entenda-se
Não fosses estar frio ou, mesmo, muito frio
Mas não, continuaste a lamber-me os pés, as pernas, por aí acima
Até nos confundirmos num delicioso mergulho
Que estavas tudo menos frio
E eu já ia quente
Quando ao teu encontro
Desceste por mim até aos pés
Novamente os pés
Afastei-me
Satisfeita, disposta a repousar
Vieste tú, o outro
Acariciaste-me as pernas, os braços, até a barriga,
Pela primeira vez em muitos anos, esta, a barriga
Depois, as pernas, os braços, as costas,
Estas, pela primeira vez em muitos anos
Senti-te com prazer
Olhei-Vos, a ambos, deleitada
Passei a tarde nisto
Entre um e o outro
Olhando-Vos, desfrutando-Vos
Contente e agradecida
Não sei como conseguiria viver sem Vocês,
Não sei, mesmo, se conseguiria viver sem Vocês
Meus desejados
Mar, Sol!


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