Estranhei tanto, mas tanto, bulício e fiquei desorientada, pois não atinava a detectar-lhe a origem. Rodei a cabeça e vi, não sem espanto, como se equilibravam, garbosamente, sobre os cabos. Eram eles, os pássaros-de-fim-de-tarde, num bem encenado ajuntamento, discutindo as peripécias do dia ou antecipando o programa nocturno ou sabe-se lá o quê.
Lembro-me, agora, do tempo em que, sentada nas escadas traseiras da casa, não sem cúmplice companhia, acompanhava os seus movimentos baléticos e as suas conversas estridentes, antes de recolherem sabe-se lá onde.
Nessa altura, ainda não tinha a mania de capturar momentos ... com a câmara ...
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